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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Pós-modernidade e a Igreja

O mundo está mudando de forma vertiginosa. Tudo contribui para que haja mudanças radicais na forma de construir relacionamentos, na estrutura familiar, na esfera política, no desenvolvimento financeiro e tecnológico e em todas as áreas do conhecimento e do comportamento. Gorbachev disse: "Quem não muda com o tempo é punido pela vida".
Neste mundo globalizado e de grandes tranformações, como a igreja, o corpo de Cristo, deve se comportar? As mudanças nem sempre são benéficas ou construtivas. Se voltarmos nossos olhos para a história veremos que as grandes transformações no passado ocorriam de forma lenta e gradativa. A igreja tinha tempo de absorver as mudanças ou se opor a elas.

Hoje somos atropelados pelas inovações e ainda tontos não nos preparamos para novas mudanças. O que levávamos 10 anos para aprender uma criança hoje aprende em questão de minutos ou horas. Vivemos na era das transformações.
Na década de 60 o grande sonho de uma dona de casa era ter uma enceradeira. Que maravilha uma enceradeira em casa e o chão brilhando. Hoje ninguém quer ficar esfregando o chão para brilhar. As donas de casa nem querem mais sonhar com utensílios domésticos. Estão mais voltadas para  si mesmas. Hoje sonham com o carro recém lançado, com um período no spá, e com tudo que facilite sua vida doméstica. Se possível, comprar marmita para a família toda para não ter que cozinhar.
Eu me lembro que chorei porque queria ganhar uma boneca com cabelos no Natal. Hoje as meninas nem querem mais bonecas. Optam por computador, video games, celular ou por algum outro eletro-eletrônico.
As relações são mais distantes e frias. Eu morava em cidade pequena e esperava ansiosa por uma carta. Era praticamente o contato que eu tinha com o mundo lá fora. Depois veio a televisão e começamos a ter contato com novas formas de viver e sobreviver. Hoje, na era da informática, não há cidade pequena que seus moradores não estejam antenados com o mundo global. As distâncias são relativas. Vencê-las só depende da sua condição financeira e vontade.
As empresas que querem vencer a competitividade têm que se informatizar.
Todas estas mudanças provocam mudanças de paradigmas, de valores, de afetividade nos relacionamentos, de propósitos... Em todas as esferas da nossa vida enfrentamos cada vez mais uma competitividade agressiva, sem misericórdia. Nos parâmetros da nossa sociedade, vencedor hoje é quem conquista seus objetivos, não importa a que preço.
E a igreja? Está como expectadora das transformações, está se arrastando para acompanhar o rítmo das mudanças? Ou cumpre o seu papel de agente de transformação? 
Para Mac Luhan, "Para acompanhar, temos que estar na frente."  
A igreja foi chamada para ocupar uma posiçãode vanguarda. Para dar as respostas às necessidades do momento. Em que era a igreja está vivendo? Os sermões pregados têm como alvo esta sociedade ou a sociedade da igreja primitiva? A igreja tem o bálsamo para as novas epidemias da alma que surgem com a pós-modernidade? O que temos extraído das escrituras para apascentar o rebanho tem nutrientes para alimentar a alma faminta do homem hodierno? A igreja tem sabido utilizar as ferramentas que a pós-modernidade trouxe com ela?
J.R.Gretz  diz em seu livro que velocidade e rapidez não significam pressa. Ele cita a fábula da tartaruga: "Vou devagar para chegar mais rápido". Evidentemente que a igreja não pode ir na marcha que a nossa sociedade vai. A igreja não foi chamada para atropelar, mas para acolher. Como a tartaruga, ela não pode fugir do que ela é e da sua missão. Ainda que as transformações assim o exijam. Mas precisa estar ligada para ter uma resposta bíblica para cada necessidade de hoje.
Uma coisa é certa. Não importa a proporção das mudanças na nossa sociedade. O Deus em quem temos crido não muda. Nele não há mudança e nem sombra de variação. A Palavra dele permanece para sempre. Foi escrita para homens de todas as épocas. Firmados Nele e em sua Palavra, sempre estaremos à frente do nosso tempo. Não há enfermidade da alma que não seja curada por sua Palavra . O bálsamo de Gileade não perde a validade. A igreja não busca resposta na sociedade ou nas mudanças provocadas por ela. A igreja busca resposta NAquele em que todo o tempo, passado e futuro se resumem em hoje. Ele disse que seu nome é Já. Deus de todos os tempos. A igreja não pode ser mera expectadora, e não anda arrastando porque AQuele que a comissionou é quem a sustenta.  
A grande vitoriosa da pós-modernidade é a Igreja.

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