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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Missões: Jesus nos faz Servos Amados


Lendo Isaías 42, pude compreender que Jesus quer que sejamos servos em quem Deus tenha prazer, como Ele o foi entre nós. "...Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós". (Jo 20.21b). Assim, a evangelização é a propagação do Evangelho "assim como", no exemplo e nas mesmas condições que Ele.
  • Ele foi escolhido pelo Senhor (Is 42.1) e do mesmo modo nos escolhe:  "Vós não escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos designei para que vades, e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo conceda"  (Jo 15.16).
  • Ele foi sustentado pelo Pai em seu ministério (Is 42.1), e promete nos sustentar. "Foi-me dada toda autoridade no céu e na terra. Portanto ide..." (Mt 28.18-19).
  • O Espírito de Deus era sobre Ele (Is 42.1). Ele nos prometeu o Consolador (Jo. 14.15-18).  "Quando  vier, porém aquele, o Espírito da Verdade, Ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras." (Jo 16.13).
Ele nos envia na mesma condição em que foi enviado, para sermos co-participantes da obra redentora, cumprindo a missão da mesma forma que Ele cumpriu. Para isso, precisamos seguir todos os seus passos: tomar a cruz, pois a cruz precede a glória; negar-se a si mesmo é outro requisito imprescindível: não clamar, não se exaltar, "não pousar de estrela", não oprimir o oprimido, veja Isaías 42: O servo amado não clama, não se exalta, nem faz ouvir sua voz na praça e também não quebra a cana trilhada e nem apaga o pavio que fumega.
Quantas vezes temos falhado nestes requisitos: clamamos, reclamamos e murmuramos;  nos exaltamos e queremos estar em destaque. Achamos que as pessoas que nos cercam precisam estar no nosso nível de espiritualidade e em vez de estendermos a mão para resgatá-las, as temos  empurrado para o abismo, quebrando a cana trilhada. Quantas vezes na nossa intolerância não temos abatido o fraco, apagando o pavio que fumega. Jesus quer nos ensinar a carregar a cruz, só assim seremos dignos dEle, dignos de sermos objeto do amor de Deus.
Ele nos envia na mesma condição em que foi enviado, para que, na dependência dEle, capacitados pelo Espírito Santo, possamos fazer as mesmas obras e ainda maiores do que as que Ele fez (Jo 14.12).
Parece impossível a missão. Mas Jesus provou que ela é possível. O segredo do sucesso dEle na missão, é:
  •   A comunhão com o Pai. "Eu e o Pai somos um" (João 10.30). É também na comunhão com Ele  e com nossos semelhantes, que alcançaremos vitória. Em sua oração intercessória Jesus clamou por esta unidade: "A fim de que todos sejam um; e como tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós" (Jo 17.21).
  • A consciência que tinha de si mesmo (Jo 10.36)
  • O testemunho do próprio Pai sobre si: "Este é o meu Filho amado em quem tenho prazer" (Mt 3.17). Ainda na sua oração intercessória Ele roga ao Pai que testifique também de nós. "Eu neles e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste, e os amaste como também amaste a mim" (Jo 17.23).
  • A consciência que tinha sobre quem o enviou (Jo 10.25;36).
Antes de ir é preciso "vir" "Vinde a mim vós que estais cansados..."(Mt 11.28).  É preciso beber da fonte. É preciso se achegar aos pés de Jesus e aprender dEle. Aprender seu exemplo de mansidão e humildade "...E aprendei de mim que sou manso e humilde de coração..." (Mt 11.29). Só assim, deixaremos de ter nossa vida por mais preciosa do que cumprir a missão. Só assim conseguiremos amar aqueles a quem somos enviados, mesmo quando somos rejeitados por eles.
Para proclamar as boas novas de salvação precisamos antes de tudo refletir estas boas novas. E não é com atitude de superioridade ou de descaso que as refletiremos. Jesus entrou nas casas e comeu com os pecadores. Na cultura hebraica, sentar-se à mesa com alguém para fazer a refeição,   significa ter comunhão, com ela, significa relacionamento mais estreito, significa identificação.
O Apóstolo Paulo, escrevendo aos filipenses, admoestou a que tivessem o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus; que, sabendo quem era, esvaziou-se de sua glória, fez-se servo e semelhante ao homem. Encarnou-se e humilhou-se em obediência Àquele que o enviou.
"Assim como" implica em riscos: Jesus foi preso, humilhado, escarnecido e morto como maldito naquela Cruz. Implica em falta de recursos próprios: mulheres sustentaram o ministério de Jesus. Implica em tristeza e solidão: Jesus, no Getsêmani, sentiu-se triste e só (Mt 26.38-40). Nosso ministério não será necessariamente assim, mas poderá ser, e ainda assim somos enviados por Jesus "assim como"
Só esvaziando de nós mesmos, conseguiremos  "...ser firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor" (1 Co 15.58)

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